Os Tijolos - Família Propósito

Independência:

1. Estado ou condição de quem tem liberdade ou autonomia.

2. Bem-estar; fortuna.

3. Caráter de quem rejeita qualquer sujeição.

Três definições perfeitas.

Repare, por exemplo, como é apropriada a ideia de definir independência como bem-estar. Em a Única Condição, debatemos insistentemente sobre o conceito de liberdade, pilar central do Amplitudo. Não é à toa que este é um dos propósitos com o qual o Amplitudo nasceu: dar mais liberdade a você.

Para estabelecer corretamente a ideia oposta, usaremos, da terceira definição, a palavra sujeição (bem mais intenso que simplesmente dependência). Dizemos, normalmente, “Eu não vou me sujeitar a isso” quando desejamos indicar o que não toleramos.

O mais triste é que muitas vezes não adianta apenas dizer, pois você só conseguirá não se sujeitar a uma coisa se não tiver qualquer relação de dependência para com ela. Se de alguma forma houver dependência, de alguma forma haverá sujeição.

Por não levar isso em consideração – e por preocupar-se apenas com questões como dinheiro, status etc. – que muitas pessoas, mesmo as de boa situação financeira, são infelizes, às vezes até doentes, pois passam a vida se sujeitando às mais indesejadas situações. Precisam agradar a um porque dependem do dinheiro dele; precisam se preocupar com o outro porque dependem de sua aprovação, e por aí vai.

Essas pessoas fizeram uma coisa muito errada: colocaram outras coisas à frente da sua liberdade.

Não faça a mesma bobagem.

Você já reparou na quantidade de jovens que saem prematuramente de suas casas, passando a arcar com custos e dificuldades que não tinham antes, mas conseguindo, enfim, se livrar de situações excessivamente opressoras que restringiam sua liberdade? O desejo de não ter que se sujeitar a determinadas situações sempre é o motor dessa postura. Trabalho duro, jornada dupla, aperto financeiro… Mas privação de liberdade, não.

Nos primeiros anos de escola, disseram-nos que nosso belo Brasil nasceu da frase proclamada por Dom Pedro I às margens do rio Ipiranga: “Independência ou morte.”. Tudo bem que, depois, nos anos mais avançados, ensinaram-nos a não acreditar nesse ato tão solene e heroico (pode ter sido somente propaganda política do governo recém-instaurado). Mas, como para o Amplitudo é muito conveniente que ele tenha dito isso, e como temos mais compromisso com o conceito que com a exatidão histórica, manteremos a convicção de que assim ele disse. E isso só reforça o quanto a independência é importante.

Lembremos, no entanto, que não há nada de errado em contar com os outros. Não existe essa independência total, utópica, a não ser que você queira fazer suas próprias roupas e comer apenas a pequena variedade de coisas que conseguir cultivar por si mesmo em seu quintal. Mesmo assim, torça para não ter uma dor de dente ou uma crise de apêndice…

Os seres humanos nasceram para se ajudarem mutuamente. Do contrário, não haveria o progresso. Você pode e deve, portanto, fazer diversas coisas como seguir conselhos, abrir mão de algo em favor de alguém, ceder para buscar uma convivência harmoniosa, dar dinheiro para determinadas causas etc. Mas há uma diferença muito grande entre fazer tudo isso por opção ou por falta de opção.

E essa diferença se chama independência.


Próximo Tijolo: Sorte.

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