» Como reclamar da falta de oportunidades – e fazer papel de bobo, já que, na verdade, você que é preguiçoso mesmo.
Mais dinheiro e mais liberdade podem, sim, ser o resultado de uma boa capacidade de expressão, como dissemos no Amplinews anterior.
Mas, então, por onde começar?
Isso me lembra um artigo que escrevi certa vez para um prestigiado site. Após discorrermos sobre as vantagens da boa expressão, falamos de algo imprescindível para desenvolvê-la: o esforço.
Quem está com muita sede de mais liberdade no trabalho pode já ter lido o terceiro dos nove “textos sagrados” amplitudianos, chamado Os Tijolos. Mas, se você ainda não está entre eles, não custa oferecer-lhe aqui uma pequena amostra.
“Quando o assunto é desenvolver-se, sobram tentações mais do que faltam oportunidades.”
Antes de orientar um amplituder no desenvolvimento de uma melhor expressão, é necessário verificar se ele demonstra vontade o suficiente para tal empreitada.
Sim, porque a jornada é longa e cheia de perigos.
– Álvaro, você não estaria exagerando um pouco?
Não estou, acredite. A jornada é, sim, longa, porque nenhuma habilidade pode ser desenvolvida da noite para o dia.
E é cheia de perigos porque, durante a trajetória, tentações aparecerão para lhe desviar do bom caminho. No artigo citado acima comentei um caso típico de pouco esforço. Aqui menciono outro caso real, onde um profissional perde a chance de ser sócio de uma nova empresa simplesmente por não dar atenção ao convite.
Tentações, tentações… Talvez elas sejam o maior inimigo do esforço. E certamente as pessoas passam dificuldades na vida mais por sobra de tentações que por falta de oportunidades.
O Facebook, por exemplo. Já vi pessoas afirmarem que não tinham tempo para isso ou aquilo, mas passavam cerca de três a quatro horas todos os dias acompanhando as interessantíssimas novidades das vidas de seus contatos.
Enquanto isso, oportunidades são perdidas. Enquanto isso, alguém está aproveitando essas oportunidades, está se desenvolvendo, está se diferenciando e, com isso, ampliando as chances de se destacar em meio à multidão – pontapé inicial e elementar para se alcançar o ponto máximo de liberdade, tal como descrito no manifesto A Única Condição (já leu?).
Porém o objetivo aqui não é falar mal do Facebook*, mas da postura do indivíduo: a falta de esforço – e seu desdobramento, a falta de persistência.
* haverá Amplinews para falar mal do Facebook e da TV (e das pessoas que não vivem sem eles) mas, por hora, vamos evitar arranjar tantos inimigos.
No artigo que mencionei, falamos sobre como um profissional da área de programação, desabituado que era às “coisas do idioma”, decidiu, em determinado momento, que queria melhorar suas deficiências.
O problema? Tão logo iniciou seus estudos linguísticos, abandonou-os para continuar fazendo o que ele já sabia fazer: deleitar-se com jogos de computador.
Obs.: Caso o link para o artigo não esteja mais funcionando, avise-nos que enviaremos o artigo para você na íntegra. Com fotinho e tudo.
O outro caso esbarrou na mesma tentação (jogos de computador), mas a oportunidade de crescimento perdida – e junto, a promessa de mais liberdade no trabalho – foi a participação em um seleto grupo de sócios no nascedouro de uma promissora empresa. Fico imaginando se a tal empresa se torna uma Google da vida.
Não há necessidade de entrar em detalhes, especialmente se você já assimilou o conceito: sobram tentações mais do que faltam oportunidades.
Em nosso terceiro texto sagrado – Os Tijolos – falamos mais sobre o esforço e sobre outras oportunidades perdidas por languidez ou falta de persistência.
Citamos Pablo Picasso: “A inspiração existe, mas é necessário que ela o encontre trabalhando.”.
Citamos os rizicultores chineses: “Ninguém que em 360 dias do ano acorde antes do amanhecer deixa de enriquecer a família.”.
E se fosse para repetir tudo aqui, não precisaríamos ter escrito lá. Se quiser (fazer algum esforço e) ler diretamente na origem, ouse encarar esse nosso texto sagrado de trocentas páginas e mostre que Esforço é praticamente o seu segundo nome.
À sua liberdade,
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