Clareza

1. Qualidade do que é claro ou inteligível.

Ficou claro?

Muito do que interfere na capacidade de estar consciente – ou seja, de perceber a realidade – é a clareza com que as coisas se apresentam.

Acabamos de analisar que você pode não perceber a realidade ou por idealizar uma situação em sua mente, passando a considerá-la como real, ou por estar sendo enganado. Contudo, é importante ressaltar que você pode estar sendo enganado sem que ninguém esteja tentando enganá-lo. Simplesmente sua percepção é distorcida quando a clareza dá lugar ao seu oposto: a confusão.

Tomemos o processo da comunicação.

Quando é você quem recebe uma mensagem, a clareza não é sua responsabilidade, mas a preocupação em verificar a clareza é. Do contrário, acabará aceitando uma mentira por verdade, uma ilusão por realidade e, ao fim, não terá ninguém para culpar exceto você mesmo, pois a falta de clareza não é, necessariamente, algo intencional por parte de quem emite a mensagem. Pode ser tão somente uma falha do processo.

De forma análoga, quando você apresenta um argumento, expõe um fato, aponta uma direção etc., sua é a responsabilidade de fazê-lo com clareza, sempre tendo em mente que estará, ao agir assim, contribuindo para a ampliação da consciência e da percepção de realidade por parte dos outros.

O mais importante é saber que a clareza nas percepções representa o primeiro passo para a ampliação da consciência.

E a frase acima não está em destaque à toa.

A clareza contribuirá para a compreensão – e para a colocação em prática – de uma das mais simples e mais poderosas ferramentas na busca da Única Condição. Esta ferramenta, a Regra de Ouro do Amplitudo, já foi citada anteriormente: “Aumentar o que aumenta e diminuir o que diminui.”.

Pode ainda não estar tão claro agora.

Mas ficará.

Próximo Tijolo: Filtro.

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