Os Tijolos - Família Propósito

Acesso

1. Ingresso, entrada.

2. Trânsito, passagem.

Veja só como a oportunidade não tem mesmo nada a ver com sorte.

Imagine que eu digo a você sobre um local onde as pessoas se reúnem e que, nesse local, surgem oportunidades a todo instante.

Como você já sabe que precisa fazer sua parte (supondo que concordou com aquela história de mais dentro que fora), tudo o que quer é a chance de participar dessa reunião para poder estar diante das oportunidades quando elas aparecem.

Isto é o acesso.

Um bom oposto para acesso talvez seja bloqueio, restrição. Não poder fazer parte de um clube, não poder entrar em uma festa, não poder se empregar, não poder ter crédito em banco. Todas essas condições são exemplos de falta de acesso a possíveis oportunidades.

Lembre-se do Sol, que brilha para todos, todos os dias. O que faz uma pessoa que dispõe de uma boa soma de dinheiro e deseja plantar morangos? Compra um sítio ou um escritório na Av. Paulista?

Ao comprar o sítio ela está garantindo o sol de que os morangos precisam. Ela está garantindo o acesso ao sol, que já estava lá. Perceba que a oportunidade já existia. A pessoa só está garantindo o seu acesso a ela.

E se, em vez de plantar morangos, a pessoa quisesse um local para atender executivos nas suas horas de almoço? Sítio ou escritório na Paulista? Onde ela melhor garante o acesso aos clientes?

Se você observar bem, perceberá que boa parte da falta de oportunidade é, na verdade, incapacidade de garantir o acesso a ela. Por mais incrível que possa parecer, metaforicamente falando, o mundo está cheio de pessoas que, desejando plantar morangos, adquirem um escritório na Paulista. E isso só reforça a ideia de que as decisões que você toma o auxiliarão, ou não, a garantir acesso às oportunidades da vida.

Por isso é tão importante que as crianças estudem e que a educação seja boa, pois a educação representa importantíssimo papel no sentido de garantir acesso às oportunidades na vida adulta. E aviso, desde já, que as exceções a essa regra são exatamente isso: exceções. Parto do pressuposto que falo com pessoas razoáveis que não ficarão impertinentemente dizendo: “Mas o Silvio Santos era camelô…”.

Aliás, a importância da educação foi somente um exemplo de como podemos melhorar nosso acesso às oportunidades, não sendo o único meio. Além disso, o foco desse tópico não é a educação, mas o acesso. Existe alguma dúvida que, ao construir uma rede de televisão, Silvio Santos não estava visando garantir seu acesso a oportunidades? Se não possuísse uma emissora, como ele ganharia os milhões que a pequena Maysa foi capaz de produzir em tão pouco tempo?

Antecipando uma das pontas da Estrela que, mais à frente, você verá em detalhes, devemos lembrar que um tipo de acesso, em especial, pode contribuir muito para a sua vida: o acesso a pessoas.

Henry Ford e Andrew Carnegie, dois dos homens mais ricos dos Estados Unidos em suas épocas, usavam abertamente esse recurso.

Quando foi uma vez acusado por um jornal de ser um ignorante (o caso foi a julgamento), Ford perguntou como poderia ser ignorante alguém que tem ao seu redor pessoas capazes de lhe responder a toda e qualquer questão possível.

E Andrew Carnegie, o maior nome do aço da história dos Estados Unidos, nunca escondeu que seus assessores sabiam muito mais sobre aço do que ele. Muito mais mesmo. Mas era ele quem conseguia reunir essas pessoas em torno de si.

O que Henry Ford e Andrew Carnegie faziam era garantir seu acesso ao que eles queriam.

Por fim, um exemplo atual, simples e poderoso. Existem várias empresas que ganharam dinheiro com a Internet, mas existe uma, em especial, que superou todas as outras: o Google. E o que o Google fez?

Nada muito complicado. As pessoas desejavam algumas informações aqui e ali, e o site do logotipo mutante levava essas pessoas às informações que elas desejavam. Fazendo bem esse serviço, o Google ficou bilionário.

Bilionário.

Oferecendo o quê?

Acesso.


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