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Saúde

Nunca percamos de vista o supremo objetivo do Amplitudo: oferecer meios para você ampliar sua liberdade. Faço essa ressalva porque estamos tratando de uma série de assuntos diferentes e, às vezes, pode parecer que estamos perdendo o rumo.

Mas não estamos.

A forma como a Saúde se relaciona com o supremo objetivo do Amplitudo é muito simples: uma saúde deficiente pode restringir sua liberdade.

Tenha ainda em mente que a saúde é um ativo. Recuperando a definição de ativo que mencionamos em A Estrela: ativos são bens que você possui resultantes de esforços passados e dos quais futuros benefícios podem ser obtidos.

Posto isso, podemos, então, dar início a algumas considerações.

Sempre dei muito valor à saúde e sempre a considerei um ativo de suma importância na vida de uma pessoa.

Vejo, no entanto, muitas comunicações voltadas ao desenvolvimento pessoal e profissional abordando todos os assuntos possíveis, mas não a saúde. Por um momento pensei que, de alguma forma, eu estaria errando ao supervalorizar esse tópico.

Mas essa desconfortável sensação durou pouco. Observando mais atentamente, percebi que muitas das grandes personalidades da atualidade, assim como de um passado mais recente, consideram bastante a saúde, destinando a ela atenção, esforço e investimentos financeiros da mesma forma como o fazem a outras áreas de suas vidas. E, o que é mais importante: as pessoas saudáveis atribuem considerável parte da qualidade de suas vidas à sua saúde.

Temos até um testemunho presidencial:

“Atividade física não é apenas uma das mais importantes chaves para um corpo saudável – ela é a base da atividade intelectual criativa e dinâmica.” – John F. Kennedy

Várias outras pessoas dizem ser a saúde a única coisa que pedem em suas orações, imaginando que, se tiverem saúde, tudo o mais pode ser conquistado pelo esforço.

Bem, o assunto deve mesmo ser importante, não?

Obs.: Para que a relação da Saúde com o desenvolvimento profissional possa ficar clara, ofereço um depoimento sobre um caso real. Um funcionário de uma empresa onde trabalhei era o melhor do seu setor e, apesar de sua competência, foi demitido. E por que foi demitido? Porque faltava demais. E por que faltava? Porque vivia doente.

Então, sem medo, aqui estamos para falar de nossa primeira ponta da Estrela. E para iniciar o desenvolvimento do tema, seguiremos a receita de sucesso utilizada em Os Tijolos, partindo de uma definição do dicionário para saúde:

1. Estado do indivíduo cujas funções orgânicas, físicas e mentais se acham em situação normal; estado do que é sadio ou são.

Dessa definição podemos extrair um ponto muito importante: saúde não se refere apenas ao físico e esse é um engano que muitos cometem no dia-a-dia e que fica evidenciado quando as pessoas tomam providências para “melhorar” sua saúde física sem perceber que estão comprometendo suas faculdades mentais.

Obs.: O “melhorar” está entre aspas porque, por saúde, algumas pessoas tomam apenas a estética e, por exemplo, na ânsia por emagrecer (especialmente mulheres) ou ganhar massa muscular (especialmente homens), utilizam de medicamentos que, na verdade, promovem uma deterioração da saúde – mesmo a física – mascarada por um incremento estético qualquer.

Em nome da clareza, façamos a seguinte e rápida classificação das diferentes saúdes, já alertando que não se trata de uma classificação oficial visto que não sou médico e, portanto, não possuo tal autoridade.

Para os efeitos de nossas deliberações, a saúde pode ser física, mental (ou psicológica), e espiritual, sendo que, dessa última, não trataremos no Amplitudo.

A saúde física está relacionada com o funcionamento estrutural do organismo. Seu corpo é dotado de várias capacidades e o bom funcionamento dessas capacidades é o que estamos chamando de saúde física.

Enxergar, digerir e excretar alimentos, combater doenças são exemplos de processos relativos à sua saúde física. A saúde mental está relacionada com a principal característica que nos permite diferenciarmo-nos dos animais: o cérebro. Estão incluídas aqui as faculdades de pensar, criar, comunicar, sentir etc.

Não há dúvidas que essas duas saúdes se relacionam, e às vezes até se confundem.

Exemplo de quando elas se relacionam: para falar, você usa tanto suas faculdades mentais quanto seu aparelho fonador (língua, cordas vocais etc.). Se você estiver com uma catastrófica inflamação na língua – saúde física – talvez não consiga falar ainda que sua saúde mental esteja em perfeitas condições.

Exemplo de quando elas se confundem: devido a um acidente que lesionou uma parte de seu cérebro, você fica incapacitado de falar. Se você consegue conceber o discurso em sua mente, mas não consegue emiti-lo porque o comando não se dá, trata-se de saúde física apenas e o exemplo é bem parecido com a inflamação da língua acima.

Mas se você não consegue sequer conceber mentalmente o discurso, trata-se de um problema de ordem mental. Você ficou, de certa forma, reduzido de sua capacidade de pensar. O problema é que não foi por outra razão que não um severo prejuízo de sua estrutura física (o acidente), e é por isso que saúde física e saúde mental se confundem.

Paremos por aqui. Apenas fique com essa última reflexão: não só a saúde física pode prejudicar a mental, mas o contrário também pode ocorrer. Devido a uma desorientação mental qualquer, a saúde física também pode sofrer, pois, desorientado, você pode tomar decisões ruins e essas decisões ruins podem afetar sua saúde física.

Você verá que o conhecimento é a grande arma para melhorar sua saúde, seja física, seja mental. Mas só ele não basta. É preciso um bocado de força de vontade. E como força de vontade é algo que você precisa ter por sua própria conta, vamos tentar, pelo menos, oferecer algum conhecimento.

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